E se eu pudesse ter ajudado de alguma forma?

    A falta de conhecimento sobre como abordar um indivíduo em risco de suicídio pode fazer com que as pessoas temam, ou evitem lidar com a situação, o que por sua vez tende a aumentar o isolamento, a sensação de solidão e desesperança de quem sofre, dificultando a busca por ajuda em tempo. Entender minimamente como abordar esse tipo situação, pode fazer a diferença.


O que devemos fazer ao abordar uma pessoa em risco de suicídio?

A presença de uma boa rede de apoio, pessoas com quem o indivíduo possa contar para suporte, é um importante fator protetivo, pois é fundamental ouvir e acolher aquele que se encontra em sofrimento. Muitas vezes, quem está pensando em suicídio se sente incompreendido, isolado e sem esperanças, então a escuta atenciosa, sem julgamentos, tende a ser muito significativa. Aquele que fala sobre tirar a própria vida, apresenta risco em potencial, não deve ser ignorado e necessita de atenção profissional o quanto antes. Algumas das condutas recomendadas ao abordar alguém que aparenta risco de suicídio seriam:

  • ao perceber alterações emocionais, ou de comportamento significativas, questionar a pessoa sobre como está, estimular falar sobre o seu sofrimento;
  • buscar ouvir a pessoa de forma empática e sem julgamentos;
  • reforçar que a pessoa não está sozinha para enfrentar a situação, que existem outras possíveis saídas;
  • auxiliar na busca por suporte profissional, atendimento psiquiátrico e psicológico, ou mesmo realizar contato com a Central de Valorização da Vida, através do nº 188;
  • informar o problema a pessoas que possam compor uma rede de apoio, como familiares e amigos mais próximos;


 O que devemos evitar fazer ao abordar uma pessoa em risco de suicídio?

Ao abordar pessoas que aparentam estarem em risco de suicídio, algumas condutas podem ser problemáticas, ou mesmo perigosas e devem ser evitadas, como:

  • minimizar, ou desconsiderar o sofrimento do indivíduo;
  • reforçar estereótipos que possam dificultar a busca por ajuda, ou que possam aumentar seu sofrimento;
  • desafiar, ou expressar dúvida de sua capacidade em realizar uma tentativa de suicídio;
  • deixar com que a pessoa tenha acesso fácil a armas, produtos tóxicos, ou outros instrumentos que poderiam facilitar uma tentativa de suicídio;
  • deixar o indivíduo desassistido por longos períodos de tempo.


    Pessoas que apresentem transtornos mentais, dependentes químicos, com histórico de comportamento impulsivo, que estejam vivenciando momentos de vida negativos, que apresentaram fala, ou planejamento de suicídio, além das que já realizaram tentativas de suicídio anteriores, compõem grupos de maior risco, na qual tais cuidados precisam ser redobrados.


    Você também pode fazer a diferença na vida de quem sofre, busque ajuda!


Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Est MG  CRP-04/PJ - 2932


Referências:

ABP — ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Suicídio: informando para prevenir. Brasília: CFM, 2014. Disponível em: http://www.flip3d.com.br/web/pub/cfm/index9/?numero=14#page/5. Acesso em: 19 set. 2025.

BRASIL. Ministério da Saúde. Cartilha – Prevenção de Suicídio. Brasília, 2024. Série: Saúde mental e atenção psicossocial em desastres. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/cartilhas/2024/cartilha-prevencao-de-suicidios.pdf/@@download/file. Acesso em: 19 set. 2025.


SERVIÇO DE PSICOLOGIA DO SINPRF-MG

Psicólogo responsável: João Lucas Domingues - CRPMG 36048

Atendimentos gratuitos, presenciais e/ou on-line, para filiados ao SINPRF-MG e seus dependentes,

de segunda a sexta, de 8 às 12h e das 13h às 17h.

psicologia.sinprfmg@gmail.com

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