Por vezes, pode ser difícil compreender por que alguém decide cometer suicídio, mas é importante saber que essa decisão, geralmente, não ocorre de forma repentina, nem por um único motivo isolado. Ela costuma ser resultante de uma série de fatores, que podem ser emocionais, econômicos, sociais, psicológicos, dentre outros, que gradualmente se acumulam, fazendo com que a pessoa não consiga enxergar uma saída para a situação, para seu sofrimento. A morte acaba sendo vista como uma maneira de aliviar essa enorme pressão.

Quais os principais fatores que contribuem para a ocorrência do suicídio?

Apesar de não ser uma regra, é muito comum a presença de transtornos mentais em pessoas que realizam tentativas, ou morrem por suicídio. Os principais transtornos mentais associados ao suicídio são a depressão, seguida pela dependência química e a esquizofrenia.

A presença de transtornos mentais pode provocar sentimentos intensos de desesperança, solidão ou culpa. Além disso, situações como o luto, término de relacionamentos, perda de emprego, abusos ou bullying também podem contribuir para que alguém se sinta sobrecarregado emocionalmente e incapaz de lidar com a dor, podendo atuarem como gatilhos para uma tentativa de suicídio.

É possível perceber que a pessoa precisa de ajuda?

Apesar de não existir uma “fórmula exata” para determinar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, ou apresenta uma tendência suicida, a pessoa em sofrimento pode apresentar certos sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares, amigos próximos e colegas de trabalho, principalmente se ocorrerem a presença de vários desses indícios de forma simultânea. Alguns exemplos desses sinais seriam:

• Aparecimento ou agravamento de problemas de conduta;

• Tendência a falar mais sobre morte, ou falta de esperança;

• Visão pessimista de si mesmo e sobre o futuro;

• Tendência ao isolamento;

• Expressar ideias e intenções suicidas, mesmo que não tão explícitas, como o “desejo de sumir”, “desejo de dormir e não acordar mais”, “deixar vocês em paz”.

Esses fatores não devem ser enxergados de forma isolada, mas são sinais de algo não vai bem, de que a pessoa necessita de ajuda. Não ignorar esses sinais é parte fundamental da prevenção ao suicídio, pois possibilitam a busca de auxílio junto a serviços e profissionais de saúde mental, que estarão aptos a oferecer o suporte adequado, tanto para quem sofre, quanto aos indivíduos que atuam como sua rede de apoio.

Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Est MG  CRP-04/PJ - 2932

Referências:

1. CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA (CVV). Prevenção do suicídio. Cartaz A5 [impresso]. Setembro Amarelo, 2024. Disponível em: https://setembroamarelo.org.br/wp-content/uploads/2024/09/af_cvv_prevencaosuicidio_a5_.pdf. Acesso em: 10 set. 2025.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Suicídio (Prevenção). Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/suicidio-prevencao. Acesso em: 10 set. 2025.

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Psicólogo responsável: João Lucas Domingues - CRPMG 36048

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