#JaneiroBranco: A saúde mental na atualidade
A preocupação com as questões ligadas à saúde mental não é recente, entretanto, nos últimos anos têm ganhado ainda maior destaque, principalmente em razão dos possíveis efeitos da prolongada pandemia de COVID-19. O impacto do isolamento social, do temor da doença e das mudanças acarretadas pelas medidas de combate ao coronavírus, têm sido fonte constante de estudos e de preocupação.
No mundo, uma em cada oito pessoas vive com algum tipo de transtorno mental, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Quase 60% dos casos são de ansiedade (31%) e depressão (28,9%), condições que cresceram 26% e 28%, respectivamente, desde a pandemia. Mesmo antes desse evento, o Brasil já era o país com maior prevalência de ansiedade no mundo. Segundo um estudo de 2017 da OMS, 18 milhões de brasileiros sofriam com algum tipo de distúrbio relacionado à ansiedade. Equivalente à 9,3% da população. Já a depressão afetava 12 milhões de pessoas no país, sendo a maior incidência da América Latina. O número de mortes por suicídio no país, teria subido cerca de 10% entre 2021 e 2022.
Em 2022, a OMS divulgou sua maior revisão mundial sobre saúde mental desde a virada do século. O estudo indicava que quase um bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental, dentre esses, 14% dos adolescentes ao redor do mundo. O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes, 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade, e os transtornos mentais seriam a principal causa de incapacidade humana. Outro importante dado trazido pelo estudo, foi que pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral.
Nesse cenário, abordar, desmistificar e divulgar o debate acerca das questões de saúde mental se torna uma ferramenta importantíssima para promoção do autocuidado. O acesso ao auxílio profissional, com ênfase na prevenção, diagnóstico precoce e acesso a tratamentos adequados, pode ser a diferença entre a recuperação de um indivíduo e o agravamento de sua condição. Se precisar, busque ajuda!
João Lucas Moraes Domingues – CRPMG 36048
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