#JANEIROBRANCO - Quando devo procurar ajuda?

Quando devo procurar ajuda?


Diferentemente de outras questões de saúde, nas quais o adoecimento e o sofrimento são visíveis, palpáveis, de fácil percepção, quando o assunto é saúde mental, nem sempre a identificação de que “algo não vai bem” será fácil. Os sinais de piora da saúde mental são bastante variados, podendo necessitar de um olhar mais sensível para aspectos que nem sempre nos atentamos. Para auxiliar na compreensão sobre quando uma pessoa deve buscar auxílio profissional, vamos listar alguns sinais aos quais precisamos estar atentos:


Incômodo/sofrimento recorrente e prolongado: Dificuldades e obstáculos serão obrigatoriamente encontrados ao longo de nossa trajetória de vida. De modo geral, possuímos a capacidade para enfrentar a grande maioria destes, porém, em determinado momento, é possível que tenhamos contato com situações e eventos que excedam nossa capacidade de enfrentamento, ou que possamos apresentar elevada dificuldade em encontrar uma saída resolutiva. Diante disso, a pessoa pode apresentar um sofrimento prolongado, ou mesmo a sensação de estar sempre retornando ao mesmo problema, da qual não consegue sair. Algo que aos olhos de terceiros, até possa parecer simples de resolver, porém, para aquela pessoa não é. O sentimento falta de esperança, de que não existe saída para o problema, não deve ser ignorado, uma vez que pode levar o indivíduo a atitudes potencialmente prejudiciais a si mesmo, ou para outras pessoas.


Prejuízo funcional: Em momentos de estresse, ansiedade, tristeza, ou medo, é comum que tenhamos algum prejuízo no desempenho de nossas atividades cotidianas, ficarmos menos atentos, mais irritados, menos pacientes, entretanto, ao se encerrarem tais momentos, a tendência é de retorno aos padrões comuns observados anteriormente, a vida “volta ao normal”. Porém, quando essas limitações se tornam repetitivas, ou mesmo constantes na vida de uma pessoa, ao ponto de prejudicar seu funcionamento, pode ser indício de sofrimento/adoecimento mental. Perda de motivação para realização de tarefas rotineiras, desânimo que prejudica até mesmo o autocuidado, ou irritabilidade constante que prejudica as relações conjugais ou de trabalho, são apenas alguns exemplos simples de prejuízo funcional. Se não abordado de forma adequada, o prejuízo funcional pode trazer consequências ainda mais sérias, agravar o sofrimento do indivíduo e criar um “efeito bola de neve”.


Sintomas físicos: Apesar de serem mais perceptíveis de forma geral, sintomas físicos associados ao sofrimento, ou adoecimento mental, costumam necessitar de auxílio profissional para sua delimitação, uma vez que podem também estarem associados a outras questões de saúde presentes. Nesses casos, uma avaliação médica se faz necessária para o diagnóstico diferencial. Apesar de geralmente abordados de forma individual, corpo e mente apenas existem em conjunto, o que ocorre com um, geralmente afeta o funcionamento do outro. Oscilações abruptas de peso, alterações do funcionamento intestinal diante de situações estressantes, alterações do ritmo cardíaco, alterações dermatológicas próximas a eventos de grande ansiedade e prejuízo do ciclo de sono, são exemplos de questões físicas possivelmente agravadas pelo sofrimento mental, ou que podem ser encarados como sinais deste.


Se identificou com alguma das situações descritas acima? Busque suporte profissional. Saúde mental não é coisa de louco. Loucura é sofrer e não buscar ajuda.


Janeiro Branco – “Saúde mental enquanto há tempo! O que fazer agora?”



SERVIÇO DE PSICOLOGIA DO SINPRF-MG

Psicólogo responsável: João Lucas Domingues - CRPMG 36048

psicologia.sinprfmg@gmail.com

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